Cap 1 - Oh Brave New World

Cidade de Vile, Ano de 1286, Estação do Bezouro.

Domnall Lore completara seus 17 anos a alguns dias, portanto seu bebado porem respeitoso mestre lhe deu os ultimos ensinamentos para que pudesse finalmente iniciar sua jornada para se tornar o maior Invocador de todos os tempos.

Munido de seu grimório, seu orbe de comunicação e de alguns summons de qualidade duvidosa, Dom agora ruma a capital do Metal, Cemalltia, montado em seu Passaro de Transporte visivelmente entorpecido, em busca de aventura, conhecimento e o mais importante, alguma pista sobre o famoso Manuscrito de Nod.

Toran, A vila da Floresta de Pedra, Ano de 1286, Estação do Bezouro


Ulric Yarnam decide finalmente aceitar sua primeira caçada, decidido a superar o seu passado e se tornar um caçador de renome. Integrante da Oficina dos Caçadores, Ulric aceitou um singelo pedido de caçar uma fera descontrolada nas imediações da pequena aldeia chamada Vile, a oeste da vila. Ulric tinha um mau pressentimento sobre isso...



"Atravesse a Floresta de Pedra para o Oeste, encontre a trila sob a folhagem, siga pela direita e contorne o lago de mercúrio até a grande fenda, após isto estará em Vile"

A viagem foi penosa e dura para o jovem arqueiro inexperiente e descuidado, tornando tarefas simples extremamente árduas e desafiadoras. A medida que encontrava seu caminho, Ulric encontrou uma pequena comunidade de andarilhos adoradores de Tenos, o divino da sorte e da riqueza. após isto, transpôs um rio de mercúrio e acampou no topo das arvores. No outro dia contornou o lago de mercúrio e com muito custo, sangue e mercúrio na cara, conseguiu alcançar a aldeia de Vile, e la encontro um invocador extremamente excêntrico.



Domnal e Ulric seguiram a viagem em um Peco com o intuito de serem iscas para a fera devoradora de Pecos (ideia da própria requisitante da caçada, dona de um bando de Pecos de transporte na aldeia). A ideia deu certo, certo até demais e logo menos Ulric estava banhado no sangue da fera, enquanto que Domn se banhava em seu próprio sangue.



Devolta a vila, foram recebidos com louros e gloria, recebendo todo tipo de honras e regalias. Enquanto Ulric comia, Domn conheceu a única "bruxa" da cida, a jovem Matilde e sua mãe Aella, a qual perdeu o marido para a cidade proibida a 2 anos atrás. A curiosidade de Domn não viu limites e tão logo antes do próximo raiar do sol, ambos cavalgavam(?) rumo ao local supostamente assombrado, mas eles não estavam sozinhos.

A cidade proibida se assemelhava a uma infinidade de monólitos de pedra enfileirados munidos de uma tecnologia descabivel para a idade daquele lugar. Logo oque era uma missão de exploração rapidamente se tornou um resgate quando notaram que a pequena bruxa de 14 anos havia decidido invadir a cidade também. Entre lasers, sentinelas e zumbis asquerosos, os 3 se reuniram na base de um dos edifícios em uma complexa sala de maquinário avançado e controles complexos. Ulric conseguiu abrir um acesso que rendeu um pergaminho selado ao grupo e também muitas duvidas, pois na sala recém-aberta haviam mais maquinas estranhas e uma linda jovem, de pele clara como algodão, em veste igualmente brancas e cabelo ciano, repousando sob uma redoma de vidro ligada a mais aparelhagens complexas.

No entanto, nenhuma ação vem sem reação.

Hábil como um caranguejo disléxico, Ulric se apoio em um botão proeminente e vermelho, acionando um mecanismo semelhante a um olho luminoso, que na sequencia os enviou como meteoros incandescentes para uma floresta completamente desconhecida, a milhares de metros acima do solo.

Após o impacto indolor (e a discussão não tão indolor assim) os dois foram encontrados por uma multidão, entre eles uma garota extremamente peculiar, de olhos vividos e expressão alegre, que Domn parecia se lembrar de algum lugar...

- SUA ANTA! CRIATURA IGNORANTE DOS SETE INFERNOS!

Deveras, Dom estava ocupado demais desferindo inúteis socos contra o caçador em uma tentativa de externalizar sua raiva e frustração.

Era bastante terapeutico. O mago podia entender a lógica por tras de sua rival sempre 'partir pro braço', como ela mesma dizia.

Uns dois ou três socos depois, Dom finalmente se dera conta do que se encontrava ao seu redor. Sua primeira constatação: "Não estamos mais nas ruinas". A segunda: "Aquela maga não esta mais por perto".

Ele não conseguia decidir se isso era uma coisa boa ou não.

- Me desculpe Senhor Dom, mas por favor se acalme, temos que ver onde estamos e que brilho estranho é esse que esta saindo de nós.

Ulric tentava se defender dos ataques de Dom, deixando ele liberar a sua raiva enquanto olhava aos redores e via o acumulo de pessoas começar.

Ao ver que o Invocador parava ele notava o peso que havia e o levantava com ambas as mãos para se erguer e o colocava no chão em sequência.

- O senhor deveria ter comido mais na estalagem, Senhor Dom.

[off]pffffHUSAUHSAHUSAUH[/off]

O brilho no corpo de ambos cessou, e então um homem alto de porte semelhante ao de Ulric, porem mais magro, Sapiens como Domn, tomou a palavra.

- De onde, e mais importante, como vocês desceram das nuvens criando essa cratera e estão ilesos? - Jared se vira para Dynalle com um olhar suspeito - Você conhece esses caras?

O Sapiens aparenta ser um ladrão ou um mercenário, roupas de couro e linho, adagas por baixo de um sobretudo pequeno, botas surradas e um cabelo cor de areia, alem de cicatrizes aqui e ali.

Vocês se encontram a beira de uma construçãogrande circular que parece ser encimada por uma cidade, onde uma unica torre no centro do "disco de pedra" parece ostentar toda a estrutura. Em torno da cidade, colinas verdejantes de uma vejetação alta colorem o cenario de uma forma que vocês jamais viram.

Todos em vota cochicham e olham, alguns curiosos, outros com medo, é uma questão de tempo até algum guarda chegar

'Ah sim. Pessoas.' pensa o mago. Ignorando seu indesejavel companheiro, ele se vira para a pequena multidão ali presente e se prepara mental e emocionalmente para lidar com tantos seres humanos de uma vez só. Oh boy...

-Bom, uh - ele ajeita os óculos, recompondo-se -É uma longa e deveras interessante historia. Resumindo, é tudo culpa deste traste. - ele indica Ulric com um floreio.

-Mais importante: Onde examente é 'aqui'?

A mente de um mago é uma coisa curiosa.

Um mago deve ser lógico, calcular cada passo friamente para se chegar ao melhor resultado possível para seus planos. Um mago deve ser uma rocha de determinação e zen em um mar de tranquilidade. Um mago deve ser implacável.

No presente momento, a mente de Dom era um turbilhão de caos enquanto o jovem gritava internamente em desespero.

Seu rosto não esboçava expressão alguma.

-Se eu não estivesse lá o senhor teria morrido preso naquela sala cheia de tecnologia, Senhor Dom. - Ulric falava com uma voz similar a repreensão, mas mantendo sua inexpressão.

Ulric direcionava a garota Sapiens que havia falado com Dom - É um prazer em conhece-la, sou Ulric Yarnam, um caçador da oficina. - O homem fazia uma pequena reverencia com a cabeça a garota que não conhecia.

O humano olha Ulric fundo nos olhos - Caçador da Oficina? hmm - ele olha para o mago implacável - E um invocador estudioso, pelo visto - ele olha em volta e nota o movimento em torno da cratera - De qualquer forma, vamos conversar em particular... sigam-me, por gentileza.

Ele se embrenha na multidão, abrindo caminho para vocês.

(ele levará vocês para o local, se tiver algum dialogo que queiram ter antes disso ou qualquer outra coisa que vocês queiram fazer antes de adentrar a cidade, a hora é agora)

Jared Saboth, Dynalle Caelestia, Domnal Lore e Ulric Yarnam seguiram para o local indicado pelo mercenário para poderem conversar, vislumbrando a cidade de Lucendia com sua arquitetura singular que consiste de um disco de pedra o qual sustenta a cidade que por sua vez se apoia em uma torre em seu centro e em alguns cristais flutuantes em suas pontas.

Subindo o elevador da torre, pouco a pouco o grupo passou a entender a gravidade da situação. Todos seguiram até uma taberna de nome "Javali Feliz" onde puderam sentar e ouvir o relato quase que inacreditavel de Domn e Ulric. Estupefato, Jared aconselhou os dois perdidos a procurarem alguém que saiba do que se trata o pergaminho encontrado nas ruínas, sugeriu que ambos ficassem um pouco mais fortes antes de visitar o lugar novamente e deixou Dynalle a cargo deles, pagando parte da recompensa que ganhara com a missão em prol da segurança da pequena mestiça.

Sem cerimonias, o mercenário deixou o recinto, deixando o trio a merce do destino, em um dos conhecidos "Bastiões da Magia" de Domun, a cidade acima da floresta, Lucendia.

- Se não se importarem, agora que já terminamos o javali, poderiam me acompanhar pela cidade? Eu acho que poderia começar me equipando melhor, já que nosso objetivo por agora é nos fortalecer.

Ulric falava olhando para Domn e Dynalle esperando a resposta de ambos enquanto tomava a sua água aos poucos.

Termino meu hidromel e limpo a boca.

- Eu posso mostrar à vocês o pouco que conheço e podemos descobrir o resto juntos.

Olho de canto de olho para a mesa de estranhos próxima.

- É melhor sairmos daqui mesmo. - falou mais baixo e já me levanto.

Dom lentamente bate o olho na mesa ao lado, e depoos volta sua atenção para o resto da sua bebida.

-Deixa eles - ele resmunga -Num tão fazendo naaada.

'Caraca, esse tal de hidromel é bão.'

-Bom. Vamo la. - ele se levanta calmamente, mesmo não fazendo a menor ideia de onde 'la' seja -Tem muita pesquisa pra fazer nessa jaca.

A coruja faz uma rapida nota mental: 'Bebida sossega a fera.' Isso poderia vir a ser útil.

Vocês tem das mais diversas lojas até casas de aposta, clubes de briga, meretrizes, lojas de itens magicos e poções, armamentos e muito mais. Ao lado da saida da taberna, um mapa minucioso da cidade detalha a mesma para viajantes.

A cidade é seccionada da seguinte forma:

Praça Central - Onde ficam os mercantes de rua, os vendedores de informação, os mercenários e guardas, uma grande confusão permanente.
Distrito Arcano - Lojas de magias, itens magicos, pergaminhos e poções

(estranhamente, todos os itens abaixo apontam para o elevador no mapa)

Arenas - a área de combate recreativo, do coliseu e das grandes apostas nos prodígios dos grandes clãs, uma área de louros e honra, onde o dinheiro corre em apostas ferozes)
Caminho do Aço - Onde se encontram os ferreiros exímios pronto para forjar e reparar qualquer tipo de arma e armamento, também pode se encontrar Alfaiates para trajes mais leves e Mestres Artesãos para armas e acessórios.
Estalagens - distrito de entretenimento e lazer para os andarilhos e aventureiros
Distrito Nobre - onde os residentes da cidade se instalaram, uma area onde o comercio é proibido, extremamente protegida
Cidade Baixa - a area dos moradores menos "afortunados", de casas mais simples e rusticas. Dizem que é onde o contrabando acontece ali.
Acesso a Caverna de Cristal - acesso a uma das maiores jazidas de gemas catalizadoras e afins (por sua conta e risco)

E então?

-Hmm... Mmhm, mmhm. - Dom apertava os olhos, lendo o mapa.

Rapidamente - mas não tão rapido quanto ele gostaria, graças a bebida - o mago formulou uma lista de prioridades:

1- Informação. Descobrir do que se trata esse tubo de metal e o arco endiabrado. Procurar armeiros e lojas magicas.
2- Providenciar um quarto, guardar itens mais valiosos la. Então ir atras de informantes na Praça Central.
3- Arenas e/ou Cavernas de Cristal: fortalecer o grupo como um todo, ja que estamos presos juntos até sabe deuses quando.
4- VOLTAR PARA AS RUÍNAS

Ulric ouvia Dom enquanto passava a mão em sua barba
- Hmmmm, então faremos isso juntos? Acredito que se formos seguir esta ordem e irmos todos em 1 lugar de cada vez nós passaremos alguns dias, talvez semanas na cidade.. eu não tenho pressa, mas acredito que não seja o seu caso, Senhor Dom

Olho o mapa, achando curiosa a separação da Cidade Baixa e do Distrito Nobre. Afora o disco onde nos encontrávamos, não tinha reparado nenhuma construção.

- Vamos para o Caminho do Aço. Vocês precisam de proteções melhores se forem querer ir andando até o litoral para retornar ao Metal. Acreditem, a floresta é perigosa. - olhei em volta para ver se estávamos sozinhos - E eu quero ficar um pouco longe daqui para aqueles caras perderem a gente de vista e também o interesse.

-Hm. - ele responde, usando toda sua eloquencia.
-Parece uma boa ideia, e se encaixa no que eu ja tinha pensado.

Vocês terminam a refeição e suas bebidas e rumam ao elevador conforma apontado no mapa, enquanto notam que a cidade esta estranhamente quieta fora da taverna. O silencio é rompido por um arauto, tilintando um pequeno sino e avisando a todos próximos da praça.

- Gondola Desativada! Dentro de 15 minutos voltará a funcionar!

Vocês notam, a direita de vocês, uma escadaria que desponta em uma plataforma elevada, grudada nos limites da cidade, como se fosse uma pequena sacada para observação. No inicio da escada é possível discernir um velho de barba volumosa, de roupas espalhafatosas e cerimoniais, iniciando uma vagarosa subida até a plataforma circular escoltado por um pequeno destacamento , e no topo da plataforma uma pequena multidão forma um semi circulo como se aguardassem algo. O velho murmura pequenos versos de um livro que leva em uma das mãos, na outra carrega um cetro brilhante.

-Pressa eu até tenho. Mas a parte importante, as ruinas, não vão sair de la. - ele diz, dando de ombros.

-Huh. Parece que deu pau.

Imediatamente Dom saca seu grimorio e vai em direção ao velho e o elevador. Quem sabe de pra descobrir algo util.

O grimório não acusa nada além de um mago poderoso, um Sapiens de idade avançada, nada demais.

- Senhor Domn, o que tem de mais nesse senhor?

Ulric olhava duvidoso por não ter ideia do porque ele estar rodeado de tantas pessoas, quantidade que ainda não estava acostumado em ver